E foi quando você olhou pra mim que tudo se fez...
Você ali, do outro lado da rua...
Eu atravessando a rua sem me preocupar com os carros... Pergunto teu nome...
Saímos caminhando e vamos a um café...
Trocamos telefone depois de horas de conversa...
Ligo-te dois dias depois, afinal, mesmo estando a querer ligar desde o momento que nos despedimos... Eu não podia parecer desesperado... Apaixonado...
Marcamos de sair mais vezes...
Dou-te o primeiro beijo...
Peço-te em namoro...
Um mês juntos...
Um ano... Dois anos...
Os mesmos amigos... Os mesmos gostos musicais...
Começamos uma certa noite fria de outono a lembrar as coisas que já passamos juntos...
Quando eu saí dirigindo por 4 horas pra te ver em uma outra cidade que tinha ido passar o feriado com seus pais...
Quando pulamos juntos na piscina já estando arrumados e atrasados pra uma festa...
Da vez que ficamos por horas disputando pra ver quem ficava mais tempo encarando um ao outro sem falar...
Da vez que fui a um jantar de sua família fantasiado por ter te perdido pra você num jogo de cartas na noite anterior...
Os momentos de sorrisos... Choros...
Eu te peço em casamento...
Vejo seu sorriso perante a minha declaração de amor aos berros durante um passeio de Gôndola em Veneza...
Sinto-me completo quando você me abraça e jura me amar pra sempre sob a luz da lua à margem do rio sena...
Nos casamos...
Temos filhos...
Envelhecemos...
Morremos...
E de repente...
Você, lá do outro lado da rua...
Sorri pra mim...Entra n’um ônibus e nunca mais nos vemos...
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