28 agosto, 2011

O Bosque


Na vida, tudo que senti, tudo que toquei, provei, e ouvi era incrivelmente livre, de uma forma de liberdade tão pura e simples que transformava toda e qualquer coisa, por mais simplória que seja, em algo absurdamente fantástico...
Não falo em um momento passado da minha vida ou tampouco de uma outra vida, mas sim da forma que inconscientemente meu cérebro formulou o que seria a vida pra mim, todos fazemos isso na verdade!
Pintamos o mundo com as nossas cores e vemos elas na tonalidade, luz e sombra que desejamos, mas isso apenas na utopia dos nossos sonhos e desejos onde tudo é perfeito.

Não perfeito de algo que não contém erros, mas sim a perfeição até no errar, e nessa perfeição projetada com esperança e vontade tão grande pelo nosso íntimo que nos faz acreditar que realmente vivemos aquilo, mesmo que na antecipação de 1 segundo da coisa real, realmente acreditamos, até que como um balde de água fria, a realidade nos volta aos sentidos, tal como aquelas cenas clichês de filme onde a mocinha da um "oi!" ao galã e de repente ele olha pra ela e diz que a ama, que sempre quis estar com ela, mas isso na cabeça dela já que realmente ele nem ouviu o que ela falou e sem sequer notar ela, continuou fazendo o que fazia.
Nessas projeções que fazemos onde a vida é incrível, nós somos felizes e pouquíssimas vezes acertamos nelas, e quando isso acontece, entramos em algo como um êxtase, mas sempre que o erro vem, uma decepção grande toma conta, mas em seguida me forço a ficar feliz por isso... ...por saber que a minha realidade interior de percepção do mundo, que as cores que pinto o meu mundo, é melhor que o mundo real!

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