09 setembro, 2011

[In] Útil


A inutilidade é a maior qualidade que algo pode ter...
Gostar de algo inútil nos prova que verdadeiramente amamos a esse algo.
Dizer verdadeiramente que se ama alguma coisa, significa que em sua opinião essa coisa é valiosa em sí mesma e não é um meio pra outra coisa, desse modo essa coisa é absolutamente inútil e o seu apreço por isso é puro e absolutamente desinteressado.
Outro exemplo claro disso é Deus, se seguirmos essa linha de raciocínio e levando em consideração que Ele é a mais valiosa de todas as coisas, pode-se assim dizer que Deus é o mais inútil possível que algo pode ser, já que ele é importante acima de tudo pelo que é em sí, o amar puramente desinteressado!
Não tem como dizer que ama a Deus, mas que assim mesmo ele é útil porquê te ajuda a conseguir coisas, como por exemplo a saúde, dessa forma a saúde é o que realmente está sendo amado pelo que é em sí e Ele apenas um meio de se conseguir ela!
O Dinheiro por exemplo, é a coisa mais útil do mundo, já que nada mais é do que apenas uma forma de se conseguir outras coisas e de nada serve o dinheiro apenas por sí mesmo, que seria apenas um papel retângular pintado.
Algo totalmente valioso e inútil também que pode ser levado em consideração é a arte...
De nada nos serve a arte senão para a admiração dela mesma no que é em essência, como uma música, um quadro, um poema...
Esses valem pela beleza que possuem em sí, mas a beleza de nada vale senão para a contemplação puramente sem interesse.
Dessa forma, não se pode se amar a nada que seja útil, se algo ou alguém é útil, você o está usando de alguma forma!

28 agosto, 2011

O Bosque


Na vida, tudo que senti, tudo que toquei, provei, e ouvi era incrivelmente livre, de uma forma de liberdade tão pura e simples que transformava toda e qualquer coisa, por mais simplória que seja, em algo absurdamente fantástico...
Não falo em um momento passado da minha vida ou tampouco de uma outra vida, mas sim da forma que inconscientemente meu cérebro formulou o que seria a vida pra mim, todos fazemos isso na verdade!
Pintamos o mundo com as nossas cores e vemos elas na tonalidade, luz e sombra que desejamos, mas isso apenas na utopia dos nossos sonhos e desejos onde tudo é perfeito.

Não perfeito de algo que não contém erros, mas sim a perfeição até no errar, e nessa perfeição projetada com esperança e vontade tão grande pelo nosso íntimo que nos faz acreditar que realmente vivemos aquilo, mesmo que na antecipação de 1 segundo da coisa real, realmente acreditamos, até que como um balde de água fria, a realidade nos volta aos sentidos, tal como aquelas cenas clichês de filme onde a mocinha da um "oi!" ao galã e de repente ele olha pra ela e diz que a ama, que sempre quis estar com ela, mas isso na cabeça dela já que realmente ele nem ouviu o que ela falou e sem sequer notar ela, continuou fazendo o que fazia.
Nessas projeções que fazemos onde a vida é incrível, nós somos felizes e pouquíssimas vezes acertamos nelas, e quando isso acontece, entramos em algo como um êxtase, mas sempre que o erro vem, uma decepção grande toma conta, mas em seguida me forço a ficar feliz por isso... ...por saber que a minha realidade interior de percepção do mundo, que as cores que pinto o meu mundo, é melhor que o mundo real!