Ela gritava que a moda era a coisa mais rápida do mundo..
Eu que sempre pensei que fosse o pensamento...
O pensamento que escondemos as novidades...
Mas a novidade é o poder da moda...
O grito dela é o poder do meu pensamento...
O meu pensamento é a moda das novidades dela...
Diz se mudando o tema o mundo se vestiria melhor...
Diz se o ton ta bom pra dançar tua canção...
Jogar a pedra... Pular do avião...
Ser pop assim como o papa foi!
Até que ela me falou que o que realmente era necessário era a necessidade de necessitar de alguma coisa...
E assim juntos resolvemos necessitar de cor...
Assim contamos quantas cores tinha o arco-iris e os tons da moça que dançava a canção fora do tom...
O ton depende da moda?
O ton depende da banda que depende da moda que depende do tom...
Será que poderiamos nos satisfazer por um só instante?
Será que poderiamos esqueçer de necessitar?
Ela falou que conseguiria isso roubando o ton da canção e da moda e levando pra fora do planeta da cidade...
Ou seria fora da cidade do planeta?
Que seja feita a sua vontade com a velocidade de um pensamento...
O pensamento no ton da moda...
A canção da vontade...
O auto-exílio planetário da cidade...
É assim que ele considera a transição...
A falta de instabilidade da cidadela...
Da cidade dela...
Transisção é a mudança de velocidade...
Um freio abrupto na estrada do tempo deixando as marcas de peneu para trás...
As marcas da velha moda na memória...
Ela olha o ton que coloco sob o reflexo da luz...
Ela me deixa constrangido com seus lindos olhos atrás da fogueira e à frente do ton do som do mar...
Precisa-se de tão pouco para entrar em nosso pensamento...
Lá dentro que fica complicado...
Lá dentro que se tem que correr para não ficar pra trás com a velocidade que muda a moda...
Eu mudei o mundo com as palavras dela...
Ela acabou esqueçendo a necessidade, entrou nele e o decorou com as minhas...
